A “D. Branca” do endividamento nacional estourou. Um dia tinha mesmo de estourar.
O Governo fez-se empurrar quando os sinais de que estaria prestes a chegar aqui eram indisfarçáveis. O Adamastor de Abril, só surpreendeu nautas muito, muito desatentos.
A Oposição foi a jogo, sob pena de se anular, tomando como mal menor o risco de fornecer um álibi para o desastre.
Os banqueiros do regime entraram (outra vez) em cena, no momento azado, no papel que lhes cabia.
Um jornal de confiança marcou a agenda e tocou o sino. O clímax atingiu-se em horário nobre.
Num momento em que se exige sentido de Estado, de missão e visão estratégica, os principais protagonistas só dão mostras, mais ou menos profissionais, de tacitismo e calculismo eleiçoeiro.
Esta farsa não acaba bem.